Divulgação de defesa de tese do PPG em Ciência do Solo/UFC: DISCENTE: MARCIO GODOFRÊDO ROCHA LOBATO
Data da publicação: 2 de novembro de 2018 Categoria: Sem categoriaO discente MARCIO GODOFRÊDO ROCHA LOBATO do Programa de PÓS-GRADUAÇÃO EM CÊNCIA DO SOLO irá defender sua tese de doutorado no dia 22/11/2018 às 08:00 horas na Sala 07 do Departamento de Ciências do Solo-Bloco 807. O título da sua tese é “Estimativa da capacidade de campo em solos por critérios estáticos e dinâmicos”.
RESUMO:
A quantificação da água disponível às plantas é essencial para auxiliar na tomada de decisão nas operações de manejo do solo, principalmente em solos irrigados. Um dos parâmetros para quantificar a água disponível é a capacidade de campo, podendo ser estimada em laboratório aplicando em amostra de solo um potencial mátrico pré-estabelecido, ou por parâmetros da curva de retenção de água, o que nem sempre corresponde às condições encontradas no campo, uma vez que deve ser considerada a dinâmica do processo de redistribuição de água no solo. Por esse motivo, recomenda-se que seja estimada “in situ” em experimento tipo perfil instantâneo. Vale ressaltar que esse método é trabalhoso e demanda muito tempo, podendo ser inviável em certas condições. Nesse sentido, o uso de modelos matemáticos surge como opção rápida e de reconhecida viabilidade técnica. Partindo da hipótese de que a capacidade de campo estimada por modelos que se valem de critérios dinâmicos se assemelha à observada in situ, já que para sua estimativa deve ser considerada a dinâmica do processo de redistribuição de água no solo. Diante do exposto, objetivou-se com este trabalho comparar a capacidade de campo determinada “in situ” com aquela obtida por critérios estáticos e dinâmicos em diferentes classes texturais de solo, a saber: areia franca, franco argiloarenosa, argiloarenosa, franco argilosa e argila. Nos experimentos realizados a capacidade de campo foi estimada “in situ” no experimento tipo perfil instantâneo. A análise de dados foi realizada utilizando delineamento inteiramente casualizado, com três tratamentos para a estimativa da capacidade de campo: experimento tipo perfil instantâneo, critérios estáticos e critérios dinâmicos em cada classe de textural de solo, com cinco repetições. A normalidade dos dados foi avaliada pelo teste de Anderson-Darling. Para a análise de variância foi aplicado o teste F e para a comparação de médias o teste de Tukey. Todos os testes foram aplicados a 5% de significância. Não foi observada diferença significativa entre a umidade na capacidade de campo estimada (critérios estáticos e dinâmicos) e o observado in situ para as classes texturais areia franca e argiloarenosa. Para as classes texturais franco-argiloarenosa, francoargilosa e argila os protocolos que utilizam critérios dinâmicos obtiveram o melhor desempenho quando comparados aos que utilizam critério estático, não diferindo estatisticamente do observado in situ. Com a avaliação feita entre os protocolos que utilizaram critérios dinâmicos pode-se observar que independentemente de o gradiente hidráulico ser unitário ou medido in situ, esses protocolos estimam melhor a capacidade de campo em qualquer classe textural de solo. Conclui-se que os métodos que utilizam dados drenagem da água no solo estimaram melhor a capacidade de campo. A capacidade de campo obtida pela estimativa com um potencial mátrico não correspondente à obtida “in situ”, uma vez que esse potencial é estático e as propriedades hidráulicas do solo são essencialmente dinâmicas.
PALAVRAS-CHAVES:
Modelagem. condutividade hidráulica. perfil instantâneo.