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Divulgação de defesa de tese do PPG em Ciência do Solo/UFC: DISCENTE: CILLAS POLLICARTO DA SILVA

Data da publicação: 28 de março de 2019 Categoria: Sem categoria

O discente Cillas Pollicarto da Silva, do Programa de PÓS-GRADUAÇÃO EM CÊNCIA DO SOLO irá defender sua tese de doutorado dia 11/04/2019 às 08 horas, na Sala 17 do Departamento de Ciências do Solo, Bloco 807, Campus do Pici.

O título da tese é: “Gênese do caráter coeso: relação da resistência tênsil com atributos físicos e químicos do solo”.

PALAVRAS-CHAVE:

Tabuleiros Costeiros. Estrutura do solo. Pedogênese.

RESUMO:

Características marcantes entre os graus de consistência do solo seco e úmido são encontradas em horizontes com caráter coeso na faixa dos Tabuleiros Costeiros – muito dura a extremamente dura quando secos e friável a firme quando úmidos. A origem desses horizontes é atribuída a vários processos, que ainda não foram completamente esclarecidos, daí a necessidade de mais estudos em busca de sua elucidação. O objetivo dessa pesquisa foi avaliar a contribuição do tamanho dos constituintes da fração areia, do silício, alumínio e ferro associados a compostos mal cristalizados na cimentação de horizontes, bem como conhecer a variabilidade da resistência tênsil dentro do horizonte do solo. Foram selecionados em cada solo os horizontes com e sem caráter coeso, nos quais foram coletadas amostras de solo em forma de bloco com dimensão de 15 x 20 x 10 cm de largura, comprimento e altura, respectivamente. Em cada horizonte a coleta dos blocos foi realizada de modo a abranger o topo, o centro e a base. Os blocos foram destorroados para obtenção dos agregados/torrões e posteriormente utilizados para realização das análises físicas e químicas. A princípio, nas análises físicas, foram realizados os ensaios de resistência tênsil em cada agregado/torrão; posteriormente, granulometria, fracionamento da areia e densidade do solo. Nas análises químicas foram quantificados os teores de carbono orgânico total, bem como os de silício, ferro, alumínio constituindo óxidos de baixa cristalinidade. A análise dos dados foi realizada considerando o delineamento inteiramente casualizado, em esquema fatorial 6 x 2 x 3 x 5 (seis solos, dois graus de coesão, três posições no perfil, com cinco repetições). Para a análise de variância foi aplicado o teste F e para a comparação de médias o teste de Tukey a 5% de significância. A relação entre a resistência tênsil e frações areia, silte e argila, considerando todos os dados obtidos, foi mensurada por análise de regressão (considerando o modelo de regressão linear) e de correlação. Foi empregado o teste t, a 5% de significância, para avaliar os coeficientes angular (b) e de correlação (r). Quanto aos resultados, observou-se que em todos os horizontes (com e sem caráter coeso) a fração areia foi predominante, definindo com as frações silte e argila texturas que variaram de franco argiloarenosa a argiloarenosa. Com relação ao fracionamento das areias, observou-se para todos os horizontes investigados no estado do Ceará, e nas três posições nos horizontes (topo, meio e base), o predomínio de areia fina seguido de média, grossa e muito fina; para os horizontes analisados nos estados de Pernambuco e Bahia, nas posições topo, meio e base, constatou-se o predomínio de areia média, seguido de fina, grossa, muito fina e muito grossa. Quanto aos valores de resistência tênsil, esses apresentaram-se maiores para os horizontes coesos, chegando a valores médios de 49,9 kPa, seguidos pelos valores para não coesos (média de 34,1 kPa). No tocante aos teores de silício e alumínio, eles apresentaram-se maiores para os horizontes com caráter coeso. Conclui-se que a resistência tênsil está associada diretamente com a coesão do solo. No tocante à granulometria, ela não explica sozinha a gênese do caráter coeso, porém a má seleção dos grãos da fração areia concorre para o empacotamento de partículas mais adensado, resultando em aumento significativo para a coesão dos agregados/torrões. Os teores de silício e alumínio associados a compostos mal cristalizados contribuem para a gênese da coesão como atributo diagnóstico. Há variabilidade da resistência tênsil, principalmente nos horizontes descritos com o caráter coeso, com redução da coesão do topo para a base do horizonte.

 

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